Antes de colocar o sistema de biodigestão para funcionar de verdade, um passo essencial precisa acontecer: o comissionamento de biodigestores. É nessa fase que se faz uma varredura completa para garantir que tudo está em ordem, desde os equipamentos até a entrada dos dejetos animais.
O comissionamento inclui testes de estanqueidade para detectar possíveis vazamentos, além de ensaios nos motores, bombas, geradores e demais sistemas integrados. A ideia é garantir que cada parte do processo esteja pronta antes da operação contínua começar. Tudo precisa ser testado e aprovado com atenção.
Outro ponto importante dessa fase é a introdução do inóculo, material essencial para ativar a digestão anaeróbia. Sem ele, não há reação e, consequentemente, não há biogás. Por isso, é fundamental garantir que o inóculo esteja corretamente inserido no sistema.
Etapas rápidas, mas fundamentais
Embora seja uma etapa curta — muitas vezes realizada em apenas um dia —, o comissionamento exige atenção aos detalhes. Os operadores precisam checar se todos os equipamentos de segurança estão funcionando, se não há fugas no sistema e se a introdução dos dejetos acontece de forma correta.
Além disso, é nessa fase que se medem os parâmetros iniciais, como pH, temperatura e o tempo de retenção hidráulica. Esses dados são cruciais para que o sistema comece sua operação de forma segura e eficiente. Tudo isso evita problemas futuros e garante que o biodigestor funcione com o máximo de desempenho.
Caso o proprietário deseje, a empresa responsável pela instalação pode acompanhar esse processo junto aos operadores treinados, assegurando que tudo ocorra conforme o planejado.
Início da operação contínua
Com todos os testes aprovados, o sistema entra na fase de operação contínua. Agora, o foco passa a ser o monitoramento diário das variáveis: desde a captação e transferência dos dejetos, até o acompanhamento da produção e armazenamento do biogás.
Se o gás for utilizado para geração de energia elétrica, os operadores também acompanham o desempenho dos motogeradores e a medição da energia produzida. É essencial verificar se essa energia está sendo utilizada corretamente na propriedade ou injetada na rede elétrica, caso esse seja o objetivo.
Essa rotina de monitoramento garante não só o bom funcionamento do sistema, mas também a eficiência na geração de energia e o aproveitamento correto dos resíduos da propriedade rural.
Planejamento evita perdas e garante resultados
O comissionamento de biodigestores, apesar de ser uma etapa breve, é uma das mais importantes para assegurar o sucesso da operação. Sem ela, o risco de falhas aumenta, assim como os prejuízos com energia mal gerada ou sistemas que param de funcionar.
Por isso, contar com operadores bem treinados e seguir à risca cada etapa de verificação é o caminho mais seguro. A produção de biogás é uma excelente alternativa para gerar energia limpa e dar destino correto aos dejetos animais, mas exige compromisso e atenção técnica desde o começo.
O Brasil segue avançando no uso dessa tecnologia nas propriedades rurais. Com boas práticas desde o início, como um comissionamento bem feito, o país pode colher ainda mais resultados com sustentabilidade e eficiência energética no campo.
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