O comportamento da geração Z está mudando a forma como empresas do agronegócio e da indústria pensam na gestão de pessoas. Um levantamento recente feito pela JBS ouviu mais de 32 mil colaboradores e revelou que, para 60% dos jovens com até 30 anos, o principal critério na hora de escolher um local para trabalhar não é o salário. Eles valorizam oportunidades de crescimento, aprendizado prático e uma liderança próxima e empática.
A pesquisa surpreendeu a própria companhia. Atualmente, dos 158 mil colaboradores da JBS no Brasil, cerca de 60 mil fazem parte da geração Z. A maioria está em cidades pequenas, próximas a unidades industriais e operações rurais da empresa. Segundo Fernando Meller, diretor de recursos humanos, a missão é clara:
“Nosso papel é ser relevantes na vida dessas pessoas”.
O que a geração Z espera do mercado de trabalho
Para entender melhor esse novo perfil profissional, a JBS decidiu ouvir os jovens diretamente. A empresa queria ir além dos estereótipos que costumam rotular a geração Z como apressada ou desinteressada. E o resultado mostrou justamente o contrário.
“Essa é uma geração que quer construir uma trajetória sólida, quer crescer com base em conhecimento, quer líderes que deem feedbacks e estejam presentes”, explicou Meller.
“Eles não têm problema em começar de baixo, mas querem ver que estão no caminho certo”.
Além disso, os jovens valorizam o investimento em capacitação profissional. Eles não buscam apenas promoções rápidas, mas querem progresso estruturado.
“O jovem quer sentir que a empresa está colocando ele frente a desafios reais, oferecendo aprendizado constante e desenvolvimento pessoal”, afirma o executivo.
JBS investe em programas para jovens talentos
A JBS já promoveu 45 mil colaboradores em um único ano, reflexo do foco no crescimento interno. Isso impacta diretamente na retenção de talentos e na construção de um ambiente de trabalho mais justo. Segundo o levantamento, 75% dos jovens enxergam a JBS como uma empresa que realmente investe no desenvolvimento das pessoas.
Para isso, a companhia aposta em programas estratégicos. Um dos destaques é o Programa Evoluir, que recebe jovens aprendizes para os primeiros passos na carreira com apoio educacional do Instituto J&F. Outro é o Global Talent, que prepara colaboradores para oportunidades em unidades da JBS espalhadas pelo mundo.
“Não importa o nível: operacional, administrativo ou comercial, todos podem crescer”, reforça Meller.
Esses programas reforçam a ideia de que, no campo ou na cidade, há espaço para quem quer aprender, trabalhar e evoluir.
“Acreditamos em oferecer um futuro melhor, e isso exige conhecimento, prática e desafios”, completa.
O papel da liderança diante dessa nova geração
O estudo também indicou que o papel da liderança precisa evoluir. Jovens da geração Z querem trabalhar com líderes que os escutem, deem feedbacks constantes e atuem como parceiros na caminhada profissional.
Na JBS, a cultura de liderança é baseada no conceito de que o líder deve conquistar seu time.
“Ele não está ali só para cobrar, mas para apoiar, servir e ajudar na construção de uma carreira. Um bom líder é aquele que caminha junto com sua equipe”, detalha o diretor de RH.
Meller destaca que o entendimento sobre o que motiva os jovens foi essencial para desmistificar preconceitos.
“Quando olhamos para a geração Z com atenção, vemos que ela busca o que todas as gerações buscaram: uma vida melhor, uma carreira com sentido e um legado familiar. A diferença é que eles querem enxergar isso desde o início.”
Mudança cultural nas empresas vai além dos jovens
O movimento de valorização do crescimento profissional não impacta apenas os jovens. Segundo Meller, o foco em desenvolvimento tem beneficiado colaboradores de todas as idades, criando um ambiente de mais aprendizado, troca e evolução constante.
“Nossa missão é ser os melhores naquilo que nos propomos a fazer e dar oportunidade de um futuro melhor aos nossos colaboradores”, afirma.
Isso significa, na prática, oferecer capacitação, reconhecer talentos e proporcionar oportunidades em todas as áreas.
No campo ou na indústria, a mensagem é clara: quem investe nas pessoas colhe mais do que resultados financeiros. Colhe engajamento, produtividade e lealdade. A geração Z sabe disso. E as empresas que entenderem esse novo cenário sairão na frente.
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