
O consumo de peru cresce quando o fim do ano se aproxima, mas especialistas lembram que essa carne pode fazer parte da mesa do produtor o ano inteiro. A nutricionista Fabiana Borrego reforça que o peru oferece alta qualidade nutricional com menos gordura, o que torna o produto muito interessante para quem busca refeições mais leves.
Além disso, ela destaca que o corte apresenta digestão mais rápida e combina com diferentes acompanhamentos. Por isso, a ave surge como alternativa versátil em períodos festivos e também no dia a dia.
A nutricionista conta que muitas pessoas confundem peru, frango e aves especiais, como fiesta e chester, mas afirma que as diferenças são simples de identificar. O peru possui menor teor de gordura e apresenta composição naturalmente mais magra, o que contribui para uma refeição equilibrada. Já as aves especiais costumam ser maiores e se aproxima mais do frango no sabor, embora mantenha características próprias. Essa comparação ajuda o consumidor rural a escolher o produto ideal para cada ocasião.
Outro ponto importante envolve a segurança alimentar, especialmente em aves de grande porte. Segundo Fabiana, o termômetro presente em muitos produtos industrializados serve como auxílio para indicar que o calor atingiu o centro geométrico da carne. Isso garante que eventuais bactérias, como a salmonela, sejam eliminadas durante o cozimento adequado.
Diferenças nutricionais reforçam escolha consciente
Para reforçar a importância do peru na dieta, Fabiana traz números que surpreendem quem acredita que todas as aves possuem valores semelhantes. Ela afirma que 100 gramas de frango apresentam mais calorias e gordura que a mesma porção de peru. Essa redução significativa beneficia pessoas com colesterol elevado, triglicerídeos altos ou diabetes, pois o teor de gordura influencia diretamente na glicemia e na saúde cardiovascular.
Além disso, o peru fornece proteínas de alto valor biológico, vitaminas do complexo B e minerais essenciais. Essa combinação fortalece a imunidade, melhora o funcionamento muscular e contribui para uma alimentação mais nutritiva. A especialista acrescenta que essas características tornam a ave ideal para quem busca refeições leves sem abrir mão do sabor.
Outro mito muito comum envolve a ideia de que o peru “dá sono”. Fabiana esclarece que a carne possui triptofano, aminoácido que participa da produção de serotonina e melatonina. No entanto, ela reforça que o sono após a ceia tem relação maior com a grande quantidade de alimentos consumidos, e não somente com o peru. Segundo ela, uma ceia leve e equilibrada evita esse desconforto e deixa a celebração ainda mais agradável.
Preparo seguro e acompanhamentos ideais
Quando o assunto é preparo, Fabiana destaca a importância do selo de inspeção nos alimentos de origem animal. Essa certificação garante que o peru passou por processos seguros desde o abate até a embalagem, garantindo rastreabilidade e proteção ao consumidor. Depois da compra segura, o cozimento correto finaliza a etapa de segurança, pois a carne precisa atingir temperatura acima de 75 ºC para eliminar riscos microbiológicos.
A nutricionista também orienta sobre acompanhamentos que harmonizam bem com o peru e podem deixar a ceia — ou o almoço de domingo — ainda mais saudável. Saladas de grãos, frutas secas, damasco, uva passa e vegetais assados são alternativas práticas e saborosas. Para quem prefere carboidratos tradicionais, a batata inglesa e a batata-doce combinam com a leveza da carne. Assim, é possível montar pratos equilibrados sem perder o sabor típico das celebrações.
Fabiana lembra ainda que a digestão rápida da carne de peru ajuda quem costuma jantar tarde durante as festas de fim de ano. Como muitos jantam após a meia-noite, escolher uma proteína magra evita desconfortos durante o sono. Essa característica reforça a ideia de que o peru é mais do que uma tradição natalina: é uma escolha inteligente para o ano inteiro.
Consumo consciente e saúde no prato
Para quem deseja manter bons hábitos alimentares, a nutricionista reforça que equilíbrio é a palavra-chave. Ela afirma que não é o consumo entre Natal e Réveillon que prejudica a saúde, mas sim a rotina estabelecida entre janeiro e dezembro. Por isso, incluir o peru nas refeições ao longo do ano traz vantagens nutricionais e ajuda na manutenção de uma alimentação mais saudável.
Com menos gordura, boa digestibilidade e alto teor de proteínas, o consumo de peru se consolida como uma opção acessível, versátil e segura para as famílias brasileiras. A ave oferece sabor, leveza e praticidade, características valorizadas por quem vive no campo e preza por escolhas certeiras.
*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo
