TERCEIRA ETAPA: INOVAÇÃO NO CAMPO

Automação no campo: granjas de aves e suínos já vivem nova era digital

Automação no campo transforma a avicultura e a suinocultura com conectividade, sensores e inteligência de dados.

Automação no campo: granjas de aves e suínos já vivem nova era digital

No episódio de hoje da série Conectividade no campo, vamos entender como a automação já faz parte da rotina de granjas brasileiras. O professor Oscar Burd, da FGV Agro, explica que a conectividade e a automação caminham lado a lado, trazendo ganhos em eficiência, bem-estar animal e sustentabilidade.

Nos sistemas de produção de aves e suínos, a automação é realidade em várias frentes. O controle de ventilação, temperatura, umidade e até da iluminação é feito de forma precisa por sensores. A alimentação automatizada distribui a ração conforme a fase de desenvolvimento dos animais, reduzindo desperdícios e garantindo nutrição adequada.

Além disso, ferramentas digitais monitoram em tempo real o comportamento e a saúde dos lotes, auxiliando no manejo e prevenindo perdas. Até a gestão de resíduos passou a ser otimizada com sistemas conectados.

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Boa parte dessa transformação é possível graças ao que os especialistas chamam de internet das coisas (IoT). Os sensores instalados nos aviários e pocilgas trocam informações em tempo real, permitindo ao produtor acessar relatórios diretamente do celular ou computador.

Essa conectividade torna viável o controle remoto dos equipamentos e uma tomada de decisão muito mais rápida. Já é comum encontrar robôs para alimentação e sensores que medem automaticamente consumo de água, ração e até variações de temperatura dentro dos galpões.

Outro avanço é a análise de dados históricos, que ajuda a identificar padrões e a otimizar manejos. Assim, o produtor consegue melhorar a conversão alimentar, reduzir a mortalidade e aumentar o ganho de peso dos animais em menos tempo.

Apesar dos benefícios, os desafios ainda são relevantes. O custo inicial de implementação é alto, especialmente para pequenos e médios produtores. A infraestrutura de conectividade em áreas rurais também pode limitar o funcionamento pleno desses sistemas.

Outro ponto é a necessidade de treinamento da mão de obra. Operar e manter sistemas automatizados exige conhecimento técnico, além de disposição para superar a resistência natural à mudança. Muitos produtores ainda preferem métodos tradicionais, mesmo diante das vantagens da automação.

No entanto, especialistas reforçam que os ganhos a longo prazo compensam. A eficiência produtiva cresce, os custos operacionais caem e a qualidade de vida dos animais melhora. Além disso, a automação otimiza o uso de insumos, reduz riscos de doenças e fortalece a sustentabilidade da atividade.

A era do campo automatizado já não é mais promessa: é realidade em várias propriedades de aves e suínos no Brasil. A combinação de conectividade, sensores e inteligência de dados cria um ambiente mais seguro, eficiente e lucrativo para os produtores.

Como destaca o professor Oscar Burd, a tecnologia não veio para substituir o conhecimento humano, mas para somar. Ela amplia a capacidade de observação, dá suporte às decisões e garante que a produção animal brasileira continue competitiva e sustentável no cenário mundial.


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