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Como operar e manter o biodigestor funcionando bem no dia a dia

Manutenção preventiva e controle do processo garantem geração constante de biogás com segurança

Como operar e manter o biodigestor funcionando bem no dia a dia

A operação do biodigestor começa logo após o comissionamento e os testes iniciais. Essa fase é decisiva para garantir que tudo funcione como planejado, com produção contínua de biogás e sem falhas. Desde a entrada dos dejetos até a geração da energia, o produtor precisa estar atento a diversos detalhes.

Logo no início, o sistema recebe sua primeira carga de dejetos e o tempo para que comece a produzir biogás de forma estável gira em torno de 20 a 25 dias. Após esse período, a produção se torna contínua, desde que sejam mantidas as rotinas básicas de verificação e limpeza.

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Um dos pontos mais importantes da operação é manter a alimentação dos dejetos constante. Isso significa acompanhar diariamente o volume e a frequência de entrada no biodigestor. Além disso, é fundamental verificar se a produção de biogás está ocorrendo como esperado.

Outro ponto crítico são os filtros. Eles precisam estar sempre limpos para evitar obstruções no sistema. Filtros sujos comprometem a eficiência e podem até paralisar a operação. Por isso, o ideal é incluir essa checagem na rotina do operador.

Já em propriedades com sistemas mais simples, não é necessário ter um sistema supervisório digital. Nesses casos, o acompanhamento é feito manualmente. Mas em plantas maiores ou mais tecnológicas, o uso de monitoramento remoto por computador facilita muito o controle e a tomada de decisão à distância.

Para garantir o bom funcionamento do sistema, é essencial adotar dois tipos de manutenção: corretiva e preventiva. A manutenção corretiva é aquela feita quando ocorre alguma falha ou defeito. Ela precisa ser feita imediatamente para evitar prejuízos e paralisações prolongadas.

Já a manutenção preventiva deve seguir um cronograma fixo. Ela envolve a inspeção de bombas, válvulas, conexões e equipamentos elétricos e mecânicos. Isso ajuda a evitar falhas futuras e prolonga a vida útil dos componentes.

Além disso, o biodigestor deve passar por uma inspeção mais profunda a cada dois ou três anos. Nessa etapa, o ideal é esvaziar o reator e verificar a existência de pontos de corrosão ou desgaste que possam comprometer o sistema. Essa manutenção mais completa ajuda a evitar rupturas e danos graves à estrutura.

Depois que o sistema já está funcionando de forma contínua e segura, é hora de realizar a validação operacional. Essa etapa confirma que todos os processos estão sob controle, dentro dos parâmetros técnicos e com os resultados esperados.

A validação é essencial para fechar o ciclo de implementação do sistema. Ela garante que a planta está pronta para operar em longo prazo, com eficiência energética e segurança ambiental. Assim, o produtor pode seguir com tranquilidade, sabendo que está aproveitando bem os dejetos dos animais e transformando-os em energia limpa.

*Sob supervisão de Luis Roberto Toledo