Cooperativismo brasileiro

Cooperativas ganham destaque global em 2025 e fortalecem a produção de aves e suínos no Brasil

ONU declara 2025 como o Ano Internacional das Cooperativas e reconhece o papel do setor na segurança alimentar e inclusão social

Identidade visual do Ano Internacional das Cooperativas 2025
Identidade visual do Ano Internacional das Cooperativas 2025

O cooperativismo brasileiro está em evidência. Em uma nova declaração da Organização das Nações Unidas (ONU), 2025 foi reconhecido como o Ano Internacional das Cooperativas, destacando o papel estratégico que esse modelo de organização desempenha na construção de um futuro mais inclusivo, sustentável e pacífico. A decisão ressalta também o impacto positivo das cooperativas na produção agropecuária — especialmente na avicultura e suinocultura.

Esse reconhecimento mundial não é inédito: em 2012, a ONU já havia celebrado a relevância das cooperativas para o desenvolvimento socioeconômico. Agora, com o tema “Cooperativas constroem um mundo melhor”, o objetivo é evidenciar ainda mais o potencial transformador dessa forma de organização, inclusive na produção de proteínaSiga o Ligados & Integrados no Google News para ficar por dentro de tudo que acontece no setor. animal.

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Segundo Fernando Ferreira, analista técnico institucional do Sistema OCB, o cooperativismo está presente de forma significativa na agropecuária.

“Em Santa Catarina, as cooperativas representam cerca de 70% da produção de suínos, e no Paraná, esse índice passa de 40% na avicultura”, destaca.

No Brasil, mais de 50% dos produtores de suínos estão associados a cooperativas, de acordo com o último censo do IBGE. Esses números reforçam a importância do modelo cooperativo na cadeia produtiva nacional e sua contribuição para o abastecimento interno e o comércio internacional de carnes. A grande diferença do modelo está na forma de participação.

“O cooperado não é apenas um parceiro, é sócio da cooperativa. Ele participa das decisões, da governança e dos resultados. É um sistema democrático e inclusivo, que valoriza o produtor e sua comunidade”, explica Ferreira.

A declaração da ONU abre novas possibilidades para o setor cooperativista. O Brasil, que sediará a COP 30, terá a oportunidade de mostrar ao mundo as boas práticas ambientais, sociais e econômicas das cooperativas rurais, especialmente na produção de suínos e aves.

“O reconhecimento fortalece a imagem das cooperativas como modelos responsáveis, que promovem segurança alimentar, geração de renda e paz social. A ONU enxerga no cooperativismo um agente transformador em tempos de crise e tensões globais”, afirma o analista da OCB.

Além disso, eventos técnicos, campanhas e ações de comunicação ao longo do ano de 2025 vão destacar o papel das cooperativas em diferentes setores produtivos. A programação será coordenada pelo Sistema OCB em conjunto com cooperativas estaduais, com foco na sustentabilidade, inovação e fortalecimento das comunidades locais.

O tema escolhido pela ONU reflete o que já acontece na prática em muitas regiões do Brasil. As cooperativas promovem prosperidade compartilhada, desenvolvendo ações que envolvem desde o fornecimento de insumos e assistência técnica até a comercialização de produtos no mercado global.

“Quando falamos de suínos e aves, falamos também de toda uma rede de valor: produção de grãos, geração de empregos, investimentos em tecnologia e melhorias na qualidade de vida do campo. É esse ciclo de prosperidade que ajuda a construir um mundo melhor”, conclui Fernando Ferreira.

A expectativa é que o Ano Internacional das Cooperativas mobilize governos, empresas e consumidores para valorizar o modelo cooperativo como pilar de desenvolvimento sustentável — com protagonismo da agropecuária brasileira nesse cenário.

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