No Dia dos Avicultores, celebrado em 28 de agosto, o programa Interligados dedicou uma edição especial para homenagear quem sustenta um dos pilares da agroindústria brasileira: a avicultura. Com a participação Diretor Executivo de Agro e CIEX na Seara, José Antônio Ribas, o programa foi um tributo à dedicação, tecnologia e legado das famílias que vivem da criação de frangos no país.
Ribas ressaltou o protagonismo dos avicultores na produção de proteína animal, apontando que “não se chega à liderança mundial na exportação de frango fazendo de qualquer jeito. Isso exige qualidade, sanidade e comprometimento — e é exatamente isso que temos.” O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango e deve encerrar o ano com mais de 15 milhões de toneladas produzidas, mesmo com os desafios enfrentados, como a detecção de um caso isolado de influenza aviária.
Além dos dados e análises, o programa emocionou ao apresentar depoimentos de produtores de diferentes gerações, reforçando a importância da sucessão familiar e do amor pela atividade.
Avicultura do Brasil: tecnologia, biosseguridade e excelência
Durante a conversa, Ribas destacou que a avicultura nacional se posiciona como uma das mais avançadas do mundo.
“Não tem nenhum país que faz melhor. Pode ter igual, mas melhor não tem”, afirmou o executivo da Seara.
Ele lembrou que o sistema de sanidade brasileiro é reconhecido internacionalmente, com índices baixos no uso de antibióticos e rigor na biosseguridade.
A evolução tecnológica também foi pauta. Hoje, muitos produtores monitoram granjas inteiras pelo celular: temperatura, umidade, alimentação e bem-estar dos animais.
“Isso permite indicadores de qualidade comparáveis aos melhores do mundo”, disse Ribas, que também relembrou sua experiência como extensionista, quando via produtores dormirem dentro dos aviários para cuidar dos animais.
Mesmo com a modernização, ele pontuou que o sucesso da avicultura ainda depende de uma característica fundamental: a paixão pelo que se faz.
“Existe muito amor nessa atividade. Muita dedicação mesmo.”
Produção recorde mesmo com desafios no mercado internacional
De janeiro a julho de 2025, o Brasil enfrentou entraves importantes, como o embargo da China e da União Europeia por conta do caso de influenza aviária. Ainda assim, o setor deu uma resposta surpreendente: a produção seguiu firme e o país continuou exportando para mais de 150 países.
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“A gente aprendeu a diversificar mercados e valorizar o consumo interno. Isso fortalece a cadeia como um todo”, destacou Ribas.
O Brasil deve fechar o ano com 15,3 milhões de toneladas de carne de frango produzidas, um crescimento de quase 2% em relação ao ano anterior.
O executivo também valorizou o esforço conjunto de toda a cadeia produtiva: Ministério da Agricultura, secretarias estaduais, serviços veterinários, empresas e, principalmente, os produtores.
“Todos mostraram seriedade, preparo e compromisso com a avicultura brasileira.”
Histórias que inspiram: o orgulho de ser avicultor
O Interligados também deu voz a quem está no dia a dia da granja. Fábio, um dos entrevistados do quadro Vida no Campo, emocionou ao dizer que foi “o amor de Deus” que colocou a avicultura em sua vida. Ele vê o setor como a proteína do futuro e trabalha desde já para envolver os filhos na atividade.
Depoimentos como os da Edineia, Daniele e Nilson, do Paraná, mostraram a conexão emocional dos avicultores com o trabalho, muitas vezes passado de geração em geração.
Para Ribas, essas histórias simbolizam um Brasil que dá certo:
“Vocês não produzem só alimento, vocês produzem riqueza. São responsáveis pelo desenvolvimento de muitas cidades do interior.”
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