
No campo, a tecnologia deixou de ser promessa e já faz parte do dia a dia. A chegada da inteligência artificial (IA) marca uma revolução para a produção de aves e suínos, permitindo decisões mais rápidas, precisas e estratégicas. No quarto episódio da série Conectividade no Campo, especialistas explicam como a IA está mudando a rotina das granjas e trazendo ganhos em produtividade e sustentabilidade.
Na prática, a IA utiliza algoritmos que aprendem com informações coletadas dentro e fora das granjas. Esses programas processam grandes volumes de dados para otimizar processos, prever eventos e auxiliar no manejo diário. Entre as aplicações mais comuns estão a análise de imagens para identificar doenças, ajustes automáticos de dietas, previsão de oferta e demanda e automação de tarefas repetitivas.
Essa tecnologia oferece ao produtor algo essencial: a capacidade de agir de forma antecipada, em vez de apenas reagir a problemas já instalados.
De onde vêm os dados que alimentam a inteligência artificial
Os sistemas de IA na avicultura e na suinocultura trabalham com dados coletados em tempo real por sensores instalados nos aviários e pocilgas. Eles medem temperatura, umidade, qualidade do ar e consumo de água e ração.
Câmeras monitoram o comportamento dos animais, registrando sinais de doenças ou alterações no bem-estar. Além disso, registros de desempenho zootécnico, informações genéticas, dados de mercado e até variáveis climáticas alimentam os algoritmos.
Esse cruzamento de informações permite identificar padrões invisíveis ao olhar humano e gerar recomendações práticas para o manejo. O resultado é uma produção mais eficiente, com menos perdas e maior previsibilidade.
IA contribui para sustentabilidade e rentabilidade
Um dos papéis mais importantes da inteligência artificial está na sustentabilidade. Ao ajustar de forma precisa o fornecimento de ração, água e energia, a tecnologia reduz desperdícios e minimiza a pegada de carbono da produção.
O impacto é direto também na rentabilidade. A IA aumenta a eficiência, reduz custos operacionais e melhora o bem-estar animal, fatores que resultam em maior lucratividade. Além disso, ao diminuir a mortalidade e as perdas por doenças, a tecnologia garante maior estabilidade financeira para os produtores.
Segundo especialistas, os ganhos já são visíveis nas propriedades que adotaram os sistemas.
“A IA dá mais controle sobre toda a cadeia produtiva, permitindo uma gestão antecipada e estratégica”, resume o professor Oscar Burd, da FGV Agro.
O futuro da produção animal com inteligência artificial
A tendência é que a presença da inteligência artificial no campo cresça ainda mais nos próximos anos. Sistemas autônomos, robótica avançada e agricultura de precisão devem se integrar cada vez mais às operações diárias.
Com isso, os produtores terão acesso a uma gestão mais eficiente, transparente e sustentável, alinhada às exigências do mercado nacional e internacional. A IA não substitui o trabalho humano, mas amplia sua capacidade de decisão, oferecendo uma vantagem competitiva inédita ao agronegócio brasileiro.
Para avicultores e suinocultores, a mensagem é clara: a inteligência artificial já é realidade e representa uma virada definitiva para o futuro do setor.
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