NUTRIÇÃO DE PRECISÃO

O papel do zootecnista na cadeia produtiva de aves

Nutrição de precisão evita desperdício, reduz resíduos e garante melhor conversão alimentar.

O papel do zootecnista na cadeia produtiva de aves

Na granja o desafio está em garantir eficiência e sustentabilidade. Nesse ponto, entra o trabalho do zootecnista. Bruno Reis de Carvalho, que atua com nutrição de aves, explica como o ajuste preciso da ração pode impactar diretamente na qualidade da carne, no bem-estar animal e nos custos de produção.

“O frango tem nutricionista, sim”, brinca Bruno. “A gente calcula linha por linha os nutrientes que o animal precisa, e ajusta conforme a fase da vida, a genética e até o clima”, explica.

A ração representa cerca de 70% do custo da produção avícola, o que torna cada ajuste técnico fundamental para manter a rentabilidade.

Segundo Bruno, a nutrição de precisão evita desperdício, reduz resíduos e garante melhor conversão alimentar.

“Se o animal recebe o que precisa, sem excesso, há menos perdas nas fezes e menor impacto ambiental”, afirma.

Ele também lembra que fatores como qualidade do milho ou do farelo de soja influenciam diretamente a formulação e exigem ajustes frequentes.

Bruno participou da elaboração das Tabelas Brasileiras de Nutrição de Aves, referência científica que orienta o uso de ingredientes de forma eficiente.

Ele destaca que a genética evolui rapidamente e, por isso, a ração precisa acompanhar esses avanços para garantir desempenho e sustentabilidade.

O Interligados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30

O zootecnista defende que a profissão vai muito além do trabalho no campo. 

“Trabalhamos com pesquisa, nutrição, sanidade, bem-estar e até com formulação de ingredientes lá na indústria”, diz.

Para quem pensa em seguir carreira, ele dá o recado: 

“É uma área dinâmica, que exige estudo e vontade de aprender todos os dias”.

Com a união de boas práticas na produção, políticas públicas de incentivo e profissionais preparados, a avicultura e suinocultura brasileiras seguem firmes como pilares da produção de alimentos no país — e com papel cada vez mais estratégico no cenário global.

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