Influenza aviária

Primeiro caso de gripe aviária em granja comercial é detectado no Brasil

Foco do vírus foi identificado em matrizeiro de Montenegro (RS); autoridades garantem segurança dos alimentos e reforçam plano de contenção.

Imagem ilustrativa
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Nesta sexta-feira (16), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em uma granja comercial no Brasil. O caso foi registrado em um matrizeiro de aves na cidade de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

O Mapa assegurou que não há risco na ingestão de carne de frango ou ovos e que a doença não é transmitida por alimentos, já que os produtos inspecionados seguem seguros para consumo no Brasil e no exterior.

Entidades do setor avícola como a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e a ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura) declararam apoio total às medidas do governo. Ambas reforçaram que a situação é pontual e está sob controle, graças à pronta atuação dos órgãos competentes e ao sistema de vigilância já estruturado.

As ações incluem a intensificação do monitoramento de aves silvestres, vigilância epidemiológica em granjas comerciais e de subsistência, treinamentos técnicos constantes e fiscalização nos pontos de entrada de animais e produtos de risco. Segundo o Mapa, o Brasil vem se preparando há 25 anos para lidar com esse tipo de situação, investindo em estrutura, capacitação e protocolos rigorosos.

O Serviço Veterinário Oficial do Rio Grande do Sul (SVO-RS) já iniciou o processo de saneamento da granja atingida. O protocolo envolve o isolamento da área e a eliminação das aves restantes, conforme as diretrizes do Plano Nacional de Contingência.

Um dos principais desdobramentos do caso foi a suspensão temporária da compra de carne de frango brasileira pela China, que entra em vigor nesta sexta-feira (16) e deve durar 60 dias. A decisão segue protocolo chinês, mesmo com o caso sendo pontual e localizado apenas no estado do Rio Grande do Sul.

Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, negociações já estão em andamento para tentar revisar esse protocolo e evitar prejuízos maiores. A expectativa é que os demais países mantenham as importações normalmente, restringindo apenas produtos vindos da zona afetada.

O impacto econômico ainda está sendo avaliado, mas a postura transparente e a rapidez na resposta devem ajudar o Brasil a manter sua reputação como um dos maiores exportadores de proteína animal do mundo. O ministro reforçou que os demais estados brasileiros seguem com status sanitário inalterado.

Mesmo diante de um episódio inédito, a estrutura robusta da avicultura brasileira mostra sua força. O Brasil conta com protocolos consolidados e apoio de entidades comprometidas com a sanidade animal, além de uma cadeia produtiva altamente tecnificada e com biosseguridade rigorosa.

Para os produtores, o alerta serve como reforço para manter a vigilância dentro das granjas e seguir à risca as orientações técnicas. Isso inclui controle de acesso, desinfecção de veículos e equipamentos, e restrição ao contato com aves silvestres.

Especialistas apontam que o setor deve sair ainda mais fortalecido da situação, com aprendizados importantes e reforço nos padrões de prevenção. A união entre governo, entidades de classe e produtores será essencial para superar esse desafio sem maiores impactos à produção ou ao consumo.

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