ALERTA CLIMÁTICO

Calor, seca e doenças respiratórias: os desafios do inverno no campo em 2025

Com o início do inverno, especialistas alertam para altas temperaturas, tempo seco no Centro-Oeste e risco de incêndios no campo

Calor, seca e doenças respiratórias: os desafios do inverno no campo em 2025

O inverno 2025 começa oficialmente hoje, (20/06), e com ele chegam mudanças no clima que exigem atenção dos produtores rurais. Apesar de ser a estação mais fria do ano, as previsões indicam temperaturas acima da média, especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. A variação térmica intensa e o solo ressecado podem provocar impactos diretos na produção agropecuária.

“A umidade do solo está muito baixa no Sudeste e Centro-Oeste. A tendência é de que o tempo siga seco até setembro, o que exige atenção redobrada no manejo”, afirma Arthur.

Enquanto o Brasil Central enfrenta seca, o Sul do país apresenta boa umidade do solo, cenário que traz outro tipo de desafio. O excesso de umidade pode favorecer doenças fúngicas e proliferação de pragas, especialmente em granjas de aves e suínos.

Arthur alerta para o risco dessas condições em ambientes mal ventilados.

“Granjas precisam estar bem isoladas e com ventilação adequada para evitar o estresse térmico e a propagação de doenças”, reforça.

Segundo os mapas climáticos, o inverno será mais quente do que o normal, com períodos de calor intenso intercalados com entradas rápidas de ar frio. Essa amplitude térmica é um dos principais gatilhos para doenças respiratórias nos animais e nos próprios trabalhadores do campo.

Outro ponto de preocupação é o risco elevado de incêndios no campo. Com pouca chuva prevista no Centro-Oeste e Sudeste, a vegetação seca vira combustível para as chamas. A recomendação dos meteorologistas é clara: evitar qualquer tipo de manejo com fogo nesta estação.

“O interior de São Paulo, por exemplo, está muito seco. Se a temperatura subir mais, como previsto, o risco de incêndios será alto. E isso afeta diretamente a qualidade do ar e a saúde dos animais”, alerta Arthur.

Essa combinação de calor, baixa umidade e vento seco cria um cenário perigoso, principalmente em regiões de produção intensiva, como no cinturão de integração de granjas e lavouras.

A boa notícia, segundo os modelos do NOAA (Agência de Clima dos EUA), é que o fenômeno El Niño perdeu força, e a tendência é de um período de neutralidade climática. Com isso, as chuvas devem retornar dentro da normalidade no segundo semestre, especialmente no Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Para os produtores, a recomendação é manter o planejamento hídrico e sanitário em dia, adaptar os sistemas de ventilação e acompanhar de perto os boletins meteorológicos. A variabilidade climática será a principal característica do inverno 2025, exigindo ainda mais atenção à biosseguridade nas granjas e ao uso consciente da água nas propriedades.

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