TECNOLOGIA NA SUINOCULTURA

Ração líquida melhora eficiência e reduz custos em granja de suínos

Tecnologia alemã adotada no Mato Grosso do Sul permite produzir mais carne com menos ração e mão de obra

Ração líquida melhora eficiência e reduz custos em granja de suínos

Na granja de terminação do produtor Osmar, em Dourados, Mato Grosso do Sul, a ração líquida virou sinônimo de eficiência, economia e bem-estar animal. A tecnologia automatizada, importada da Alemanha, permite alimentar os suínos com precisão e reduzir em até 200 gramas a quantidade de ração necessária para produzir 1 quilo de carne suína.

Todo o sistema é controlado digitalmente e funciona como um verdadeiro relógio suíço: os tratores são programados para ocorrer três vezes ao dia – de manhã, ao meio-dia e à tarde – garantindo regularidade e controle do consumo.

“Essa eficiência operacional traz resultado financeiro, que é o que interessa ao produtor e à empresa integradora”, resume Osmar.

O equipamento robusto fica instalado na cozinha da granja e funciona ao lado dos silos e dos galpões. A ração é retirada, misturada à água e levada por tubulações até os coxos, com tempo de mistura de 5 a 8 minutos. O trato é feito galpão por galpão, sem a necessidade da presença constante do operador.

O Interligados está na tela do Canal Rural de segunda a quinta-feira às 11h45 e sexta-feira às 11h30.

A automatização trouxe um ganho significativo de tempo para os funcionários da granja.

“A mão de obra diminuiu bastante. Com a programação feita, a gente tem mais tempo para cuidar dos animais”, afirma a equipe responsável.

A estrutura é considerada uma das mais modernas do país: é a primeira granja de ração líquida do Brasil com piso vazado, coxos de inox e sistema de climatização. Segundo Osmar, a tecnologia 4.0 permite fazer a gestão à distância – até mesmo do exterior.

“Se eu estiver no supermercado ou em viagem, posso operar tudo pelo celular”, destaca.

Além disso, a granja oferece todas as condições de bem-estar animal exigidas pelas boas práticas da suinocultura. O número de suínos por metro quadrado é controlado, os coxos são compartilhados para evitar disputas, e há elementos de enriquecimento ambiental, como correntes para os animais morderem e se distraírem.

O bem-estar vai além da estrutura física. A granja realiza monitoramentos constantes da ambiência – especialmente à noite, quando a temperatura pode oscilar.

“Se o animal está deitado, tranquilo e não briga, é sinal de que está bem”, explica Cléber, responsável pelo acompanhamento diário dos lotes.

Com a ração líquida, os suínos comem ao mesmo tempo, em ambiente climatizado e com conforto térmico. Isso reduz o estresse, melhora o desempenho zootécnico e colabora para a queda dos índices de mortalidade, que estão abaixo da média nacional.

Quem também atua na granja é Nara, funcionária que expressa orgulho em fazer parte da produção de proteína.

“Eu faço por amor. É gratificante saber que estamos alimentando famílias e entregando um produto de qualidade, do jeito que eu também gostaria de consumir”, diz.

A experiência de Osmar e sua equipe mostra como a integração entre tecnologia e manejo inteligente pode transformar a produção.

“Já tivemos resultados positivos, mas queremos mais. Estamos ajustando os parâmetros para melhorar ainda mais nossa produtividade”, completa o produtor.

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