
O treinamento da equipe que opera o biodigestor é uma etapa crucial para o sucesso do sistema. Mesmo com toda a tecnologia embarcada, o bom funcionamento depende da capacitação das pessoas envolvidas. Saber como operar, manter e garantir a segurança do processo é o que faz a diferença na rotina do campo.
Quem explica é o especialista Fábio Soares. Segundo ele, entender o processo de biodigestão, o funcionamento das bombas, válvulas, trocadores de calor e até dos motogeradores é essencial.
“Não adianta ter tecnologia de ponta sem operadores preparados”, reforça.
Além disso, como o biogás e o biometano são inflamáveis, é necessário que os trabalhadores estejam bem orientados sobre os protocolos de segurança, reduzindo riscos e aumentando a confiabilidade da operação
Conhecimento técnico e segurança caminham juntos
Durante o treinamento, são repassadas informações sobre as fases do processo, coleta de amostras, verificação de eficiência, controle de qualidade e normas de segurança. Também são abordados os cuidados com a manutenção preventiva e corretiva dos sistemas.
“A manutenção bem feita garante que o sistema funcione de maneira estável e duradoura, oferecendo o melhor desempenho com o menor custo operacional”, explica Fábio.
Esse acompanhamento evita paradas inesperadas e perdas de eficiência no processo.
O profissional alerta ainda que os operadores precisam conhecer bem a infraestrutura local, pois cada propriedade tem características próprias que influenciam diretamente na gestão do biodigestor.
Quantas pessoas são necessárias na operação?
O número de operadores varia conforme o porte da unidade. Em sistemas menores, com até mil animais, uma pessoa já pode ser suficiente. Isso porque a biodigestão anaeróbia é um processo que ocorre naturalmente, com baixa necessidade de intervenção diária.
Para unidades maiores, a operação pode exigir uma equipe entre três e cinco pessoas, dependendo da complexidade dos equipamentos e da demanda energética da propriedade.
Outro ponto importante é que o treinamento precisa ser contínuo.
“Na maioria das vezes o sistema passa por modificações e atualizações. Por isso, o ideal é manter a capacitação periódica da equipe”, destaca Fábio.
Treinamento personalizado faz diferença no campo
Na hora de escolher quem irá ministrar o treinamento, o ideal é optar por profissionais que conheçam o sistema implantado e tenham familiaridade com a realidade da propriedade. Isso torna o aprendizado mais direto, prático e aplicável no dia a dia da fazenda.
O conhecimento técnico somado à vivência prática no campo garante que o sistema seja operado com o máximo de eficiência. Assim, o investimento no biodigestor cumpre seu papel de gerar energia limpa, reduzir impactos ambientais e agregar valor à produção.