A vacina contra peste suína africana acaba de ganhar um marco importante. A Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) aprovou um novo padrão internacional que define os critérios mínimos de qualidade e eficácia que essas vacinas precisam atender. A novidade representa um passo fundamental para o controle da doença que já causou prejuízos bilionários em vários países.
Para ser aprovada, a vacina deverá reduzir a gravidade dos sintomas, impedir a transmissão do vírus e proteger os animais de forma segura. A ideia é evitar as enormes perdas que a PSA vem provocando nas granjas ao redor do mundo. Somente entre janeiro de 2022 e fevereiro de 2025, mais de 2 milhões de suínos foram perdidos por conta da enfermidade, especialmente na Ásia e na Europa.
E o impacto ultrapassa os limites das granjas. Segundo dados globais, a carne suína representa 31% da proteína consumida no planeta, o que coloca a PSA como uma ameaça direta à segurança alimentar, à economia e à renda de milhares de pequenos produtores rurais.
Rigor nos testes e adaptação ao vírus local
De acordo com a OMSA, as vacinas deverão ser testadas antes do uso comercial para garantir que não causem efeitos colaterais graves, não prejudiquem o meio ambiente e não carreguem vírus vivos ou perigosos. Ou seja, a segurança é prioridade, tanto para os animais quanto para os humanos envolvidos na cadeia produtiva.
Outro ponto fundamental das novas diretrizes é que a vacina deve ser específica para o tipo de vírus que circula na região onde será aplicada. Isso é essencial para garantir uma boa resposta imunológica e impedir o surgimento de novas variantes da peste suína africana, ainda mais resistentes e difíceis de controlar. Com essa padronização, espera-se que novas vacinas possam ser desenvolvidas com mais confiança, incentivando os investimentos da indústria e o apoio dos governos. A expectativa é de que os países passem a adotar essas regras como base para autorizar o uso de imunizantes.
Biossegurança continua sendo essencial
Apesar do avanço com as vacinas, a prevenção continua sendo o principal caminho para conter a PSA. A recomendação é manter protocolos rigorosos de biossegurança nas granjas, controlar bem a movimentação de animais, veículos e pessoas, além de reforçar a vigilância sanitária constante.
Para os produtores brasileiros, o alerta serve de reforço. O Brasil é livre da doença, mas o risco de entrada do vírus continua alto, principalmente por meio de alimentos contaminados ou produtos de origem animal trazidos ilegalmente de outros países.
Por isso, é fundamental manter a granja protegida, adotar barreiras sanitárias eficientes e manter-se sempre bem informado sobre as medidas preventivas indicadas por órgãos como o Ministério da Agricultura (MAPA) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
Um passo à frente para proteger o rebanho mundial
A aprovação do novo padrão internacional para vacinas contra a PSA é uma resposta concreta ao desafio global que a doença representa. Embora ainda não exista uma vacina 100% eficaz no mercado, essa iniciativa estabelece um caminho claro e seguro para que a ciência avance e, em breve, traga novas soluções para a suinocultura mundial.
Para o produtor, a mensagem é clara: é hora de redobrar os cuidados, seguir à risca os protocolos de biossegurança e acompanhar as orientações das autoridades sanitárias. A peste suína africana é séria, mas com união, informação e tecnologia, o campo brasileiro pode continuar livre da doença.
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