
A avicultura familiar mudou o rumo da família Castelini depois de seis décadas no café. Eles enfrentaram altos e baixos com laranja, seringueira e gado, sem perder a fé no trabalho rural. Hoje, os aviários são o coração da propriedade e garantem renda estável para todos.
A transição começou em conversas de família, com dúvidas e muita união para decidir o caminho. Anderson, sobrinho que já morava no sítio, levantou a mão e assumiu o desafio. Ele buscou orientação de vizinhos, técnicos e veterinários para acelerar o aprendizado.
O que chamou atenção foi o ciclo curto e a exigência por precisão diária. Na avicultura, o erro de hoje cobra a conta amanhã, porque o lote gira em semanas. Também pesou o fato de ocupar pouco espaço e gerar bons resultados na fazenda. A tecnologia ajudou a reduzir a mão de obra e dar previsibilidade.
Tradição no café, virada com frango de corte
A história do sítio começa com os avós, meeiros que compraram a área nos anos 1960. Vieram décadas de colheitas, perdas, replantios e recomeços, sempre com a família unida. O clima mais quente enfraqueceu o café e abriu espaço para uma nova aposta.
Ao estudar a avicultura, a família entendeu o potencial do sistema integrado. O risco diminui, a receita fica mais previsível e a gestão melhora muito. Anderson assumiu a operação diária e a manutenção, enquanto os tios cuidam das finanças.
Hoje são dois aviários climatizados, para 43 a 45 mil aves cada, com controle automatizado. O painel integra ajustes via celular e há geração de energia solar no núcleo. O tensionista acompanha indicadores como conversão alimentar, ganho semanal e mortalidade, com relatórios claros.
Manejo atento desde a chegada do pintinho
Primeira semana manda no resultado, dizem os granjeiros mais antigos. Anderson confere temperatura, altura de água e comedouros, e garante papel limpo. Ele observa ruídos, montuamentos e comportamento, ajustando rápido para manter conforto e ganho diário.
O produtor lembra um episódio que reforçou o valor da atenção constante. Um curto iniciou fogo na palha e, por estar por perto, ele conteve o foco a tempo.
“Se eu estivesse em casa, poderíamos ter perdido o barracão inteiro”, resume.
Para ganhar consistência, a família investiu em capacitação e apoio técnico. O primeiro técnico acompanhou quase um ano, ensinando ajustes finos e manejo preventivo. Com conhecimento aplicado, cada lote melhora e os indicadores ficam mais previsíveis.
Gestão, comunidade e futuro em expansão
A rotina começa às 5h30 e mistura manejo e checklist de equipamentos. Anderson coordena manutenção, compras técnicas e serviços externos quando necessário. Ele lidera na operação, mas decide sempre em conjunto com tios e primos.
O impacto familiar é tão importante quanto o econômico na propriedade. A granja permite estar perto da casa, ver os filhos e dividir tarefas. O senso de comunidade reduz conflitos e coloca cada um no lugar certo.
A ambição agora é ampliar os aviários e fortalecer a sucessão. Há gente capacitada na família para tocar novos alojamentos com o mesmo padrão. A meta é crescer com disciplina, bem-estar das aves e gestão responsável do negócio.
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